REJANE COSTA (rejane@eps.ufsc.br)

 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

EPS - PÓS GRADUAÇÃO

DISCIPLINA INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO

PROFESSORA EDLA FAUST RAMOS

 

 

 

REPRESENTAÇÕES MENTAIS

 

 

 

 

Resumo

O presente artigo abordará de maneira introdutória a temática das representações mentais, mas antes serão apresentados outros aspectos que fazem parte da cognição humana, como a importância da memória, o papel do conhecimento e a função da aprendizagem significativa.

Num segundo momento uma diferenciação dos Modelos Conceituais e Modelos Mentais.

E, finalizando com uma breve contribuição da tecnologia para auxiliar como instrumento mediador dessas re-presentações.

Introdução

Cada pessoa forma uma imagem mental interna de um cenário. Quando o indivíduo internaliza uma cena esta é expressa nos seus próprios termos, de forma que mais tarde seja capaz de traze-la à sua mente com maior riqueza de detalhes.

A aprendizagem, que está mais focada ao "como" o educando vai aprender e no modelo que o educando tem da realidade, e nem sempre se refere à realidade, se refere a um modelo que o aprendiz elabora da realidade.

Hoje há quase que um consenso que a motivação para aprender e a construção estruturada do conhecimento é uma característica muito pessoal.

A aprendizagem para solução de problemas se dá através da utilização de princípios conhecidos, que devem ser memorizados e prontamente recuperados conforme a situação exija.

O grau de domínio da aprendizagem é uma função direita da capacidade de retenção da informação, e esta, depende da organização do conteúdo e de suas significações e suas relações com outros conteúdos aprendidos.

E o computador é ao mesmo tempo uma ferramenta de trabalho e aprendizagem, que utiliza recursos de recuperação e organização da informação, os bancos de dados e os hipertextos, como ferramenta de aprendizagem e treinamento, auxiliando a capacidade do indivíduo de utilizar o próprio computador em todo seu potencial para resolver problemas de uso e trabalhar organizadamente com as informações que necessita armazenar ou recuperar.

Para que ocorra uma representação mental é necessário uma série de fatores que são subsequentes, sendo assim fundamentais para a realização dessas representações internas.

O que eu vejo é o que é realmente ou é, o que eu aprendi a perceber? Para não nos reduzirmos apenas ao velho chavão da metafísica, da relação sujeito-objeto, buscamos 'construir' uma reflexão a partir da relação sujeito/objeto no 'tempo'. Por mais que queiramos fugir das polarizações, elas são um modelo bastante eficaz de 're-presentar', de organizar o real, e também o mais arcaico, o mais presente e entranhado em nossos sentidos. Quando pensamos em termos de tempo associamos esta idéia à de repetição, como as que possibilitam medir, constatar a igualdade-diferença de um tique-taque de um relógio, ou de um batimento cardíaco, ou a recorrência dos dias, luas, estações anuais, sempre baseados na noção de repetição.

A relação entre construção do conhecimento e o tempo se resolveria num primeiro momento, com o esboço deste 'modelo baseado no conceito do tipo pendular'. Associando-se a 'representação' do tempo como uma 'descontinuidade de contrastes repetidos'. A repetição parece ser também uma estratégia para reter a informação a curto prazo. O ato de 'conhecer' é algo que se faz em um 'tempo'. 'Organizar' é uma forma de se relacionar com o tempo. 'Conhecer' possibilita a 'gestão' deste tempo. 'Organizar' os dados relacionados a um tempo diacrônico, seria a mais elementar e primitiva de todas as maneiras de encarar o tempo. Mas qual é o tempo do pensamento? Em que velocidade relacionamos fatos, coisas, em suas 'representações' para construção de uma 'memória', esta que possibilita o conhecimento, ou pelo menos sua retenção. As representações na memória e suas vias de acesso, seriam mapas de símbolos, pontos conectados ao 'real'. Mas, não há uma, mais diversas memórias, funcionalmente de formas distintas.

LEVY (1993, p.78-9) distingui na memória declarativa, duas modalidades de memórias: a de curto prazo (ou memória de trabalho) e a memória de longo prazo. A primeira é usada para uma memorização rápida que é logo volatilizada, como um número de telefone que repetimos para a discagem imediata. A Segunda, seria quando, conseguimos recuperar quando queremos um número certo do telefone para quem queremos discar. As informações são gravadas na memória de longo prazo, através da ativação do núcleo do sistema cognitivo, a zona de atenção, que empenha-se em construir representações destas (ALENCAR, 1986).

Zonas de atenção que vão perdendo a intensidade na medida em que são pouco utilizadas. Sua ativação está relacionada a possíveis caminhos de associações entre elementos mnésicos e as representações. Esta estratégia de codificação auxiliaria na lembrança da informação. Também quanto mais complexas e numerosas forem as associações, melhores serão as performances mnemônicas; e quanto mais a informação esteja relacionada a um domínio de conhecimento ou situações que nos sejam familiares, melhor será a retenção da informação.

Podemos memorizar uma seqüência visual de procedimentos, mas mesmo a memória visual estaria relacionada com a linguagem, pois dela advém o sentido. O pensamento numa situação de aprendizagem por discriminação, envolve um modelo puramente conceptual, uma vez que é a estrutura semântica da língua que se fala, que controla a maneira como o indivíduo percebe e entende o mundo (MANNHEIM, 1952), o que, por sua vez influenciaria suas ações. Se a base de nosso aprendizado são palavras, mesmo enquanto imagem, onde o signo está anexado. Aprendizado que modela uma forma de perceber o real, de organizar as informações.

Para que se tenha o encadeamento das idéias, dos pensamentos de uma forma inteligente, crítica é necessário que o educando adicione significado aos itens de informação, inserindo-os no arcabouço conceitual de sua estrutura mental.

No processo de aprendizagem significativa é essencial a interação entre idéias, que podem ser expressas simbolicamente, de modo não-arbitrário e substantivo, isto é, não-literal, com aspectos específicos já presentes na estrutura cognitiva do indivíduo. Assim, o conhecimento que o aluno possui - conhecimentos prévios - é o fator isolado mais importante que influenciará na aprendizagem subseqüente. Os conhecimentos prévios, denominados subsunçores, constituem conceitos bastante integrados à estrutura cognitiva, são elementos centrais para estruturação e construção do conhecimento, com os quais a nova informação interage, resultando numa mudança tanto da nova informação quanto da subsunçor ao qual se relaciona. Se os subsunçores são elementos preponderantes para que haja aprendizagem significativa, da mesma forma o material oferecido ao aluno deve ser potencialmente significativo, isto é, relacionável aos conceitos já existentes na sua estrutura cognitiva.

Quando a aprendizagem significativa ocorre, ela produz uma série de alterações dentro da estrutura cognitiva, modificando os conceitos existentes e formando novas conexões entre os conceitos. Por isso que a aprendizagem significativa é permanente e poderosa enquanto a aprendizagem rotineira é facilmente esquecida e não é facilmente aplicada em novas situações de aprendizagem ou soluções de problemas.

A aprendizagem significativa pressupõe que as informações a serem apresentadas ao aprendiz devem ser potencialmente significativas, isto é, relacionáveis com os conceitos subsunçores já existentes na sua estrutura cognitiva e que o mesmo deve manifestar disposição de relacionar essas novas informações aos conceitos já existentes. De acordo com esta teoria, a aprendizagem pode ser facilitada através dos seguintes princípios: diferenciação progressiva e reconciliação integrativa.

A diferenciação progressiva é o princípio segundo o qual o conteúdo a ser apresentado aos alunos deve ser programado de maneira que os conceitos mais gerais da disciplina ou conteúdo sejam apresentados em primeiro lugar, e então, pouco a pouco, introduzidos os conceitos mais específicos.

O princípio da reconciliação integrativa postula que a programação do material a ser apresentado ao aluno deve ser feita de maneira que haja exploração de relações entre idéias, apontando semelhanças e diferenças entre conceitos relacionados.

Depois de apresentados alguns tópicos que fazem parte da estrutura cognitiva humana para entender melhor esse processo, o que seria de maneira conceitual Representações Mentais?

Representações Mentais ou representações internas, são maneiras de "re-presentar" internamente o mundo externo. As pessoas não captam o mundo exterior diretamente, elas constróem representações mentais dele.

Podemos distinguir as representações mentais de duas formas: analógicas e proposicionais.

As representações analógicas são não-individuais, concretas, ou seja, que representam entidades específicas do mundo exterior (exemplo: imagens).

As representações proposicionais são individuais, abstratas, organizadas segundo regras rígidas.

Estas representações são "tipo-linguagem", mas trata-se de uma linguagem que não tem a ver com a língua nem com a modalidade de percepção, é uma linguagem da mente que poderíamos chamar de "mentalês". Representações proposicionais não são frases em uma certa língua. São entidades individuais e abstratas formuladas em linguagem própria da mente.

As imagens/proposições, segundo Johnson-Laird as proposições são representações de significados, totalmente abstraídas, que são verbalmente expressáveis.

Imagens são representações bastantes específicas que retêm muitos dos aspectos perceptivos de determinados objetos ou eventos, vistos de um ângulo particular, com detalhes de uma certa instância do objeto ou evento. Modelos mentais são representações analógicas, um tanto quanto abstraídas, de conceitos, objetos ou eventos que são espacial e temporalmente análogos a impressões sensoriais, mas que podem ser vistos de qualquer ângulo (e aí temos imagens!) e que, em geral, não retêm aspectos distintivos de uma dada instância de um objeto ou evento.

Por exemplo, a situação "o quadro está na parede" poderia ser representada mentalmente como uma proposição (porque é verbalmente expressável), como um modelo mental (de qualquer quadro em qualquer parede, possivelmente prototípicos) ou como uma imagem (de um quadro particular em uma certa parede).

Johnson-Laird sugere que as pessoas raciocinam com modelos mentais. Modelos mentais são como blocos de construção cognitivos que podem ser combinados e recombinados conforme necessário. Como quaisquer outros modelos, eles representam o objeto ou situação em si; uma de suas características mais importantes é que sua estrutura capta a essência (se parece analogicamente) dessa situação ou objeto (Hampson e Morris, 1996, p.243).

Um modelo mental é uma representação interna de informações que corresponde analogamente com aquilo que está sendo representado.

As representações proposicionais são interpretadas em relação a modelos mentais: uma proposição é verdadeira ou falsa em relação a um modelo mental de um estado de coisas do mundo. As imagens, por sua vez, correspondem a vistas do modelo.

Os modelos mentais e as imagens são representações de alto nível, essenciais para o entendimento da cognição humana (Eisenck e Keane, 1994, p.210). Ainda que em seu nível básico o cérebro humano possa computar as imagens e os modelos em algum código proposicional (o "mentalês"), o uso destas representações liberta a cognição humana da obrigação de operar proposicionalmente em "código de máquina".

A mente tem um código próprio, o "mentalês", que não é consciente, ao qual não temos acesso e nem precisamos ter pois operamos muito bem com proposições, imagens e modelos mentais.

Um modelo mental é composto de elementos ("tokens") e relações que representam um estado de coisas específico, estruturados de uma maneira adequada ao processo sobre o qual deverão operar.

Não existe um único modelo mental para um determinado estado de coisas. Ao contrário, podem existir vários, mesmo que apenas um deles represente de maneira ótima esse estado de coisas (ibid.). Cada modelo mental é uma representação analógica desse estado de coisas, reciprocamente, cada representação analógica corresponde a um modelo mental.

O modelo mental de avião, por exemplo, possui distintas versões conforme os diferentes usos que se possa fazer de um avião: reconhecê-lo, construí-lo, pilotá-lo, embarcar nele, falar sobre ele. O modelo varia também segundo outras dimensões: a competência aeronáutica do sujeito, sua idade, sua cultura, etc. Representar um avião em vôo ou um avião aberto para mostrar os lugares aos passageiros também corresponde a diferentes versões do modelo mental do avião. Cada versão, no entanto, deve incluir o núcleo central que identifica o modelo como sendo de avião. Deve também incluir proposições e procedimentos de manipulação diversificados, visto que, conforme o uso, são outros os aspectos do modelo que são adicionados. É possível que dois exemplares do mesmo modelo pouco ou nada tenham em comum se forem construídos com finalidades totalmente diferentes.

Ao invés de uma lógica mental, as pessoas usam modelos mentais para raciocinar.

A lógica, se é que aparece em algum lugar não está na construção de modelos e sim na testagem das conclusões pois esta implica que o sujeito saiba apreciar a importância lógica de falsear uma conclusão, e não apenas buscar evidência positiva que a apoie (Hampson e Morris, 1996, p. 243).

O raciocínio dedutivo é melhor interpretado como uma destreza prática do que como uma habilidade esotérica, abstrata.

Por exemplo: suponhamos os seguintes enunciados:

O lápis está à esquerda da caneta.

O ursinho está na frente da caneta.

A bola está na frente do lápis.

Podemos concluir que a bola está à esquerda do ursinho. Observando este modelo pode-se tirar a conclusão simples.

Um outro exemplo:

A banana está à esquerda da laranja.

A maçã está à esquerda da laranja.

Neste caso podemos concluir que temos duas situações: na primeira a maçã está entre a banana e a laranja e na outra a maçã está à esquerda da banana.

Segundo Johnson-Laird as dificuldades de muitos problemas de raciocínio dedutivo estão relacionadas com o número de modelos mentais necessários para representar adequadamente as premissas do argumento dedutivo. Argumentos que envolvem apenas um modelo mental podem ser resolvidos rápida e acuradamente. Entretanto, é muito difícil tirar conclusões precisas baseadas em argumentos que podem ser representados por múltiplos modelos alternativos devido à grande demanda feita sobre a memória de trabalho.

Modelos conceituais são inventados por professores, pesquisadores, engenheiros, arquitetos, para facilitar a compreensão ou o ensino de sistemas físicos, ou estados de coisas físicos. São representações precisas, consistentes e completas de sistemas físicos. São projetados como ferramentas para o entendimento ou para o ensino de sistemas físicos (Norman, apud Gentner e Stevens, 1983, p. 7).

Modelos mentais, são modelos que as pessoas constróem para representar estados físicos (assim como estados de coisas abstratos). Esses modelos não precisam ser tecnicamente acurados (e geralmente não são), mas devem ser funcionais. Eles evoluem naturalmente. Interagindo com o sistema, a pessoa continuamente modifica seu modelo mental a fim de chegar a uma funcionalidade que lhe satisfaça. É claro que os modelos mentais de uma pessoa são limitados por fatores tais como seu conhecimento e sua experiência prévia com sistemas similares e pela própria estrutura do sistema de processamento de informação humano.

Os modelos conceituais são delineados, projetados, por pessoas que usam modelos mentais, para facilitar a compreensão de sistemas físicos por parte de outras pessoas que também utilizam modelos mentais. No ensino, o professor ensina modelos conceituais e espera que o aprendiz construa modelos mentais consistentes com esses modelos conceituais que, por sua vez, devem ser consistentes com os sistemas físicos modelados. Os modelos conceituais são, portanto, instrumentais, meios não fins. O objetivo do ensino é, através de modelos conceituais, levar o aprendiz a formar modelos mentais adequados (isto é, consistentes com os próprios modelos conceituais) de sistemas físicos. Quer dizer, a mente humana opera só com modelos mentais, mas modelos conceituais podem ajudar na construção de modelos mentais que explicam, e predizem consistentemente com o conhecimento aceito em urna certa área.

Os modelos mentais não têm uma estrutura sintática; a sua estrutura é análoga à estrutura dos estados de coisas do mundo, tal como os percebemos ou concebemos, que eles representam; modelos mentais são análogos estruturais de estados de coisas do mundo).

As imagens, como já foi destacado anteriormente, correspondem a vistas de modelos: resultantes de percepção ou imaginação, elas representam aspectos perceptíveis dos objetos ou eventos correspondentes do mundo real.

Em termos de conteúdo, os modelos mentais, as imagens e as proposições, representam uma diferença importante no que se refere à especificidade: os modelos mentais, assim corpo as imagens são altamente específicos. Por exemplo, não é possível formar uma imagem de um objeto (um quadro, uma mesa, um avião) em geral mas sim de um objeto específico (um determinado quadro, mesa ou avião). As representações proposicionais, no entanto, não impilam tanta especificidade: é perfeitamente aceitável, por exemplo, uma representação mental proposicional que estabeleça a relação espacial entre dois objetos como sendo "ao lado de", sem explicitar "esquerda" ou "direita". Para uma imagem isso não seria possível.

Os modelos mentais das pessoas podem ser deficientes em vários aspectos, talvez incluindo elementos desnecessários, errôneos ou contraditórios. No ensino, é preciso desenvolver modelos conceituais e também materiais e estratégias institucionais que ajudem os aprendizes a construir modelos mentais adequados. É necessário desenvolver técnicas de investigação apropriadas e, ao invés de buscar modelos mentais claros e elegantes, procurar entender os modelos confusos, "bagunçados", incompletos, instáveis, que as pessoas realmente têm.

Os próprios sistemas se modificam hoje, inseridos em uma realidade multimídia. Mesmo que, ainda a maior parte dos usuários de computadores, o utilize para processamento de texto, e mesmo que a maioria não domine sequer alguns conhecimentos específicos do domínio do datilógrafo, e utilizem o computador como uma mera ferramenta de datilografia, é razoável que o próprio uso indique caminhos que aos poucos transformarão esta máquina burra numa máquina falante. Ainda que a rejeição de alguns indique uma total incompatibilidade com a lógica inerente de suas arquiteturas, elas estão disseminadas na nossa cultura, e acabarão ecoando no espaço limitado de suas telas.

Hoje, a questão da interface, passa por normas de qualidade, e padrões mundialmente aceitos e disseminados. São as 'janelas' que se transformam em portas abertas para o sentido, e toda dimensão objetual de tudo que você vê, toca e manipula na tela. Tais como, a mente e os modelos mentais, os softwares caminham para uma realidade includente, jamais excludentes, e da mesma forma, que eles tornam-se padronizados, padronizam nosso conhecimento. Literatura, instituições, mídia, um sem fim de dispositivos caminham para inocular este novo padrão iconográfico de uma sociedade iconoclástica. E ali, onde outrora, a imagem passiva da mídia estipulava os padrões mentais e comportamentais, hoje isto é ditado pela 'multi-mídia', dentro de uma realidade puramente ativa, dentro de um conceito interativo. Puro reflexo ou determinante de uma nova fase de construção do conhecimento humano sob o primado da modelarização da realidade.

Não há como escapar, por mais penoso, tortuoso, difícil, eles cumprem o papel de transformar os processos mentais, e a despeito das críticas neste sentido, elas refazem o caminho do aprendizado humano, possibilitando novas 'estratégias cognitivas' (OLIVEIRA e CHADWICK, 1984, p. 62), ou seja, eles possibilitam meios para o aprendiz administrar seu próprio processo de aprendizagem, ele ensina o aprendiz a aprender.

O saber explorar o que esta tecnologia tem de melhor para poder auxiliar nos objetivos educacionais.

Um hiperdocumento, por exemplo, constitui-se de uma série de documentos que possuem interligações entre si, isto é, estão conectados através de ligações, cuja leitura é feita pelo usuário de forma dinâmica.

Pode-se utilizar os recursos de hipermídia, com fins educacionais, desde que o usuário seja conduzido pelos textos seguindo uma estrutura hierarquizada, estabelecida no programa, para que não se perca na navegação e passe por todos os pontos importantes da nova informação recebida. Do ponto de vista educacional, vários autores concordam com a necessidade de cercear a liberdade de navegação pelo hipertexto educacional como forma de garantir a eficácia do mesmo e também como forma de se evitar que o aluno passe apenas superficialmente pelo material, deixando de passar por pontos importantes para sua aprendizagem.

Para elaboração de documentos hipermídia, segundo os princípios gerais da teoria de aprendizagem significativa, se faz necessário a identificação dos conceitos gerais mais inclusivos da disciplina e, a partir deste ponto, definir-se que conjuntos de informações devem constar do material a ser elaborado. É aconselhável também que se programe o documento de maneira que o aluno seja induzido a navegar pelo hipertexto hierarquicamente, isto é, de forma que o aprendiz passe por todos os níveis do software desde as informações mais inclusivas até as mais específicas.

Considerações Finais

Aprendemos algumas coisas pela experiência, em que exercitamos nosso potencial de inferir a partir de tentativas e erros, aprendemos também por imitação e por treinamento, mas em todos estas formas de aprender o aprendizado se dá pela fixação de um conjunto de informações na memória, informações estruturadas e relacionadas a outras, portanto, informações organizadas.

Sendo organizadas, podemos nos referir a elas como "representações mentais", são signos decodificados, por mais discutíveis e abstratos que este conceito possa parecer.

Em todas as nossas atitudes, estamos sempre formulando "inconscientemente" representações mentais. Mas o assunto não se esgota por esta abordagem, há outras informações sobre tudo o que foi abordado neste presente artigo.

Referências Bibliográficas

http://www.brweb.com/itaipu/ensaio.htm

http://penta2.ufrgs.br/edu3375/mapament/mapas.htm

http://www.geocities.com/CapeCanaveral/5721/first.htm