UFSC

Pós-graduação em Ciências da Computação

Informática Aplicada à Educação

Alexandre Perin de Souza

 

 

A Experiência do Senac no

Desenvolvimento de

Ambientes de Aprendizagem com Computador

 

 

 

Senac: Uma Instituição de Formação Profissional

 

 

O Senac é uma organização de caráter privado e atua na área de comércio e serviços. Foi criado em 1946 por empresários do comércio e é mantido pelas empresas do setor de comércio e serviços, que destinam ao Senac 1% calculado sobre o total da folha de pagamento.

 

Existem instituições extremamente apegadas a sua incumbência tradicional: formação de mão-de-obra para postos de trabalho em função das necessidades detectadas no mercado.

 

Ao mesmo tempo, outras instituições ingressam por um novo tempo e passam a responder às necessidades das empresas, incrementando a prestação de serviços não convencionais, que incluem assistência técnica, assessoria e consultoria voltadas para aumento da produtividade, redução de custos, melhoria da gestão empresarial.

 

A expansão desses serviços constitui um tentativa de adequar-se às mudanças ocorridas na organização do trabalho, bem como uma alternativa de arrecadação de recursos. Vale ressaltar que, na maioria das vezes, a diversificação dos serviços institucionais não é uma estratégia planejada e sim decorrência da falta de uma visão clara do seu próprio papel.

 

 

O Mundo do Trabalho: Cenário 70 a 80

 

Podemos resumir o mundo do trabalho no anos 70 e 80 nos seguintes tópicos:

 

 

 

Papel do Senac no Cenário 70 e 80

 

O Senac neste período possuía o seguinte papel:

 

 

 

Uma Nova Dimensão na Qualidade de Formação Profissional

 

 

O novo perfil do trabalhador atual requer que a formação profissional extrapole os conhecimentos específicos de uma determinada ocupação. Esta formação nós chamamos de polivalente, cujo sentido não é de preparar indivíduos para o desempenho de diversos ofícios, pretende-se, sim, que os alunos dominem a técnica em nível intelectual, mediante o conhecimento das bases técnico-científicos que fundamentam a sua prática; e sim, a polivalência, destina-se a dar aos participantes a mais ampla formação em vários ofícios relacionados com profissão escolhida, a fim de ajudá-lo a adaptar-se ás características específicas do trabalho. Também tem por objetivo prepará-los a adaptar-se à evolução técnica futura, assim como a outras oportunidades profissionais que poderão apresentar-se e abrir-lhes perspectiva de carreira.

Revendo a nossa Prática Pedagógica

 

 

Para que possamos realmente estar em sintonia com a nova dimensão de qualidade do nosso modelo pedagógico, devemos rever algumas de nossas atitudes/práticas, tais como:

 

 

A idéia de que uma formação sólida e abrangente provoca alteração qualitativa na compreensão da prática social e cria maiores possibilidades de intervenção na realidade leva à conclusão de que a educação, mesmo determinada por fatores de ordem da economia, pode contribuir para a modificação das relações que permeiam o mundo do trabalho.

 

 

Modelo e Estrutura Curricular, Conteúdos e Procedimentos Ensino

 

 

Uma proposta curricular apropriada à formação profissional polivalente é aquela em que o conhecimento, em qualquer dos seus campos, acha-se a serviço da emancipação.

 

Neste sentido o Modelo e Estrutura Curricular dos nossos cursos possuem:

 

A integração de conteúdos e métodos de ensino é a principal diretriz para a organização de currículos. É ela que assegura a formação polivalente.

 

 

Conteúdos de Ensino – Critérios

 

 

Quanto aos procedimentos de ensino, devemos privilegiar a problematização do assunto e a assimilação ativa dos conhecimentos. Quanto mais um aluno for capaz de analisar, considerar e avaliar diferentes fenômenos e processos, maior será seu grau de competência e criatividade.

 

O que conta, na perspectiva do cognitivismo, é criar condições para o desenvolvimento das capacidades de abstração e reflexão sobre a atividade realizada. Assim, não basta que o aluno execute com exatidão uma atividade de domínio teórico ou um processo de trabalho. Ele só vai avançar, se for capaz de, conscientemente, justificar e explicar seu próprio procedimento.

 

De acordo com a concepção cognitivista, portanto, o conhecimento não vem da prática, mas da abstração reflexionante que nela se apóia. A prática é, por conseguinte, condição necessária da teoria, mas de modo algum, sua condição suficiente.

 

 

Implantação Modelo (Polivalência)

 

 

Praticamente há três anos que estamos num processo de transição para a conquista de uma nova dimensão de qualidade dentro da formação profissional. Dentre os momentos mais importantes desta transição, podemos enumerar os seguintes:

 

 

 

 

 

Acreditamos que já estamos colhendo alguns frutos do nosso trabalho, tal como, a conscientização de todos no sistema Senac de que estamos no caminho que nos levará, em breve, a conquistar novos mercados e poder cumprir com a nossa missão com um grau de certeza ainda maior.

 

É importante também registrar que a política educacional do Senac vem demostrar o grau de evolução e onde se quer chegar dentro do nosso espaço de trabalho.