ERROS DE PROJETO
As salas de professores e os laboratórios têm paredes divisórias mal projetadas.
A partir da
fachada do prédio podem ser observadas as divisórias em
meio às janelas.
O resultado interno é que, em alguns laboratórios e salas de professores, além das janelas serem truncadas por paredes divisórias, as colunas ficam em posições assimétricas.
Resultado: instalação elétrica de um lado e ar-condicionado de outro.
Algumas das paredes de alvenaria acabam no meio de aberturas de ventilação natural (basculantes), impedindo que estas tenham 100% de aproveitamento.
Com o vão (fresta) resultante entre parede divisória e janelas, o isolamento acústico é ineficiente (escuta-se numa sala o que se fala salas vizinhas).
O isolamento térmico também é precário: ao abrir-se uma janela de uma determinada sala ela é aberta também na sala vizinha.
As bandeiras das janelas têm sua função (ventilação) inutilizada, devido à alvenaria que se encosta a ela, impedindo a sua angulação.
É impossível abrir uma basculante que está encostada numa parede e este problema ocorre em várias salas e laboratórios..
A cada sala de professor existem exemplos de como não devem ser projetadas divisórias e janelas.
O que dizer de um fragmento residual de janela como este? Sendo que a bandeira nunca abre e a janela só pode ser aberta (ou fechada) na sala vizinha.
A altura do peitoril das janelas é inexplicavelmente alto: nas salas de professores provoca desconforto e nos laboratórios também não tem qualquer justificativa.
Com o uso de brises, previsto em projeto, as janelas poderiam ser mais bem dimensionadas, a fim de propiciar uma iluminação natural mais eficiente.
Além das aberturas serem mal posicionadas e mal dimensionadas, o isolamento acústico é ineficiente.
O pé direito do andar térreo tem uma altura despropositada e deixa à mostra vários dutos de fiação elétrica e lógica. O resultado estético é deplorável.
O lay-out dos WCs é um absurdo (e se repete no módulo novo da EPS,
como um estilo consolidado) pois quem passa pelos corredores
enxerga as pessoas usando os mictórios.
Os espelhos foram substituídos porque já estavam descascando e os novos foram instalados com uma angulação para tentar resolver o problema de projeto, que deixa os mictórios à mostra. Em vão.
A falta de antecâmara nos banheiros acaba com a privacidade dos seus usuários e o problema se repete no prédio novo da EPS.
Visão
do WC masculino do prédio novo da EPS.
O layout dos banheiros masculinos provoca constrangimento em quem passa pelos corredores e, inevitavelmente, agride a privacidade de quem utiliza os mictórios.
A distribuição de interruptores e tomadas foi deplorável, inclusive em áreas de circulação que não dependem de preferências ou necessidades específicas de um ou outro usuário
Os sensores de movimento que acionam a iluminação das escadas apresentam problemas, tanto de durabilidade ou qualidade quanto de funcionamento, instalação ou regulagem.
Como conseqüência, somente após um usuário descer um lance de escadas o sensor ativa a iluminação. Isto implica dizer que não funciona a tempo.
Adicionalmente há uma infinidade de localizações de tomadas que já foram alteradas para serem funcionais e de circuitos elétricos que foram redimensionados para ter sua funcionalidade adequada às necessidades dos usuários do prédio.
Como exemplo, foi corrigida a carga em circuitos, pois disjuntores sub-dimensionados provocavam o seu desligamento e conseqüente interrupção no uso de equipamentos em laboratórios.
A imagem acima mostra a ausência de um sensor de movimento por ter apresentado problemas no seu funcionamento.
A porta de entrada do prédio é escondida, na parte de trás, sem qualquer justificativa. Além disso, a necessidade de iluminação não foi prevista;
A orientação geográfica (porta de entrada) do prédio do INE também deveria ser explicada, não bastando referir um projeto mais amplo do qual o prédio faz parte.
Isto apenas remete à análise de um conjunto de prédios que, a rigor, não deveria restringir o conforto e a segurança dos usuários deste prédio em particular.
A necessidade de iluminação só foi percebida após o início do uso do prédio.
A solução encontrada implicou numa improvisação que prejudica a sua estética.